quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os símbolos dos Jogos

Algo que sempre dá muito o que falar antes do início de uma Olímpíada são os logotipos oficiais, geralmente elaborados por designers do país sede e decididos com bastante tempo de antecedência. Heróis Olímpicos do Brasil, relembra aqui os últimos símbolos olímpicos, e abaixo você confere uma imagem de um atleta ou equipe brasileira que se destacou em cada uma destas edições:

Jogos de Los Angeles - 1884
Vôlei masculino - Prata



 
Jogos de Seul - 1988

Aurélio Miguel - ouro no Judò

Jogos de Barcelona 1992



Vôlei masculino - ouro


Jogos de Atlanta - 1996

Jaqueline e Sandra - ouro no vôlei de praia
Jogos de Sidney - 2000

Robert Sheidt - prata no Iatismo


Jogos de Atenas - 2004


Rodrigo Pessoa - ouro no Hipismo



Jogos de Pequim - 2008



Vôlei Feminino - ouro


Os logos das próximas Olímpiadas já estão escolhidos. Quem serão os brasileiros que irão brilhar nos Jogos de Londres e do Rio de Janeiro?



1988: O ano em que o judô brasileiro chegou ao topo

Heróis Olímpicos do Brasil abre agora espaço para o judô brasileiro e seu primeiro campeão olímpico: Aurélio Miguel. Como vários outros atletas pelo planeta, o paulistano, nascido em 1964,  começou no esporte contra sua vontade, mas por imposição do seu pai, o catalão Aurélio Marin. A idéia era que o garoto de 4 anos ganhasse disciplina e melhorasse de problemas respiratórios.

Convencido que era bom no esporte, o segundo passo foi conseguir participar dos torneios. Aurélio já contou que tinha horror em participar dos eventos de judô, mas o pai o obrigava e queria que o filho fizesse bonito.

O primeiro título com repercussão internacional foi 1987, quando conquistou o ouro no Pan-Americano de Indianápolis, na categoria meio-pesado, para lutadores com até 95 kg. Mas o melhor ainda estava para acontecer.

Aos poucos, Aurélio Miguel  foi entendendo a filosofia do esporte que passou a amar e onde escreveu seu nome da história do esporte brasileiro e mundial em 1988. Naquele ano, o brasileiro venceu o alemão Marc Meiling na final e conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Seul, na categoria meio-pesado. O título foi muito comemorado pelo atleta, que passou a ser reconhecido no cenário nacional.

O atleta brasileiro ainda tentou o bicampeonato olímpico em 1996, mas ficou apenas com a medalha de bronze na Olimpíada de Atlanta. Aurélio se aposentou em meados de 2000, sem conseguir conquistar a medalha de campeão mundial. Rogério Sampario, em 1992, nos Jogos de Barcelona, foi o único judoca brasileiro a igualar o feito de Aurélio Miguel.

Atualmente, o campeão olímpico continua lutando pelo esporte, mas no lado da política. Aurélio Miguel está no seu segundo mandato como vereador da Câmara Municipal de São Paulo pelo Partido da República.


Cielo e os heróis das piscinas

A natação recebeu atenção especial durante as Olimpíadas de Pequim, em 2008, sobretudo devido ao desempenho fenomenal do americano Michael Phelps , que conquistou oito medalhas de ouro e se tornou o maior campeão olímpico de uma única edição dos Jogos – superando seu compatriota Mark Spitz que havia ganho sete em Munique, 1972. Mas as águas do complexo Cubo D´Água também entraram para a história do esporte brasileiro com a conquista do ouro inédito de César Cielo, nos 50m livre.

Porém, antes de chegar ao ouro olímpico, a natação brasileira teve outros heróis, que quase atingiram o feito e influenciaram as seguintes gerações – os mais recentes, inclusive, tem grande participação na medalha dourada de Cielo.

A história de conquistas do Brasil na modalidade teve início em 1952, em Helsinque, quando Tetsuo Okamoto conquistou o bronze na cansativa prova de 1500m livre. O País conquistou mais dois terceiros-lugares com Manuel dos Santos Júnior, nos 100m livre, nos Jogos de Roma 1960, e no revezamento 4x200m livre, formado por Djan Madruga, Ciro Delgado, Jorge Fernades e Marcus Mattioli, em 1980, em Moscou.

Foi, no entanto, nos Jogos de Los Angeles, em 1984, que a natação brasileira começou a ganhar destaque da imprensa. Ricardo Prado, que dois anos antes havia batido o recorde mundial nos 400m nado medley com apenas 17 anos, chegou a competição como um dos favoritos, apesar da pouca idade. E apesar de não ter conquistado o ouro inédito, não decepcionou o público brasileiro e conquistou a medalha de prata. O vencedor foi o canadense Alex Baumann.

Prado ainda conquistaria dois ouros e duas pratas nos Jogos Pan-Americanos de Caracas, em 1983. Mas só nos Jogos de Barcelona, em 1992, o Brasil conseguiu superar o feito de Prado. Gustavo Borges, então um jovem de 20 anos, aparecia no cenário mundial como um dos possíveis rivais do também jovem, mas já favorito, russo Alexander Popov.  E o brasileiro, de fato,  teve um desempenho extraordinário e conquistou duas pratas, nos 100 e 200m livres.

Nos Jogos seguintes, em Atlanta, o Brasil veio muito forte e confiante na dupla formada por Borges e Fernando Scherer, o Xuxa. E o resultado veio em forma de duas medalhas. Ambos acabaram sendo superados por Popov, nas provas de 100 e 50m livres, respectivamente, e terminaram com a prata.
Os dois ainda levariam um bronze nos Jogos de Sidney, em 2000, ao lado de Edvaldo Valério e Carlos Jaime, nos 4x100 livre. Mas Gustavo Borges e Xuxa não terminariam por aí a sua participação nas conquistas olímpicas do Brasil.

Em 2003, Borges passou a treinar, em São Paulo, com um jovem promissor, nascido em Santa Bárbara d´Oeste, interior de São Paulo, em 1987. O garoto loirinho e meio tímido era Cesar Cielo, que diz ter aprendido muito com as técnicas e conselhos do ídolo Gustavo Borges, que, já em final de carreira, dedicou atenção especial ao futuro campeão.

Foi Borges, inclusive, quem levou Cielo à Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, onde o jovem conheceu o treinador australiano Bret Hawke, seu grande mentor. Ali, Cielo intensificou seus treinos e pôde competir com os grandes atletas da modalidade no mundo, incluíndo o grande expoente da natação atual , o americano Michael Phelps. Hawke, aceitou o pedido de Cielo e passou também a fazer parte da comissão técnica da equipe brasileira, para dar sequência ao programa de treinamentos do jovem.

Em 2007, vieram os primeiros grandes resultados e em águas brasileiras. Nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Cielo conquistou três medalhas de ouro e uma de prata. O brasileiro se mostrou um fenômeno, sobretudo, nas provas curtas de 50 e 100m livre.

A consagração total, no entanto, não demoraria a chegar. Nos Jogos de Pequim, após uma incansável preparação e com muita garra, Cesar Cielo atravessou os 50m livres com o tempo de 21s30, que lhe garantiu o primeiro ouro da história da natação brasileira. Na comemoração, “Cesão” dedicou o título a Gustavo Borges, seu grande ídolo e incentivador. Fernando Scherer, o Xuxa, era o empresário e conselheiro de Cielo na ocasião e também tinha grande participação na conquista inédita.

O choro incontido de Cielo ao receber a medalha de ouro e ouvir o hino nacional no topo do pódio, em Pequim, foi um dos momentos mais emocionantes dos Jogos e dificilmente será esquecido pelos brasileiros. O nadador conquistou ainda o bronze, nos 100m livres. Confira abaixo, imagens da gloriosa conquista de Cesar Cielo:


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bi-campeão em busca do recorde

Aqui no blog, já contamos a história de Torben Grael, o maior atleta olímpico da história do País. Agora, abriremos espaço para outro grande iatista brasileiro que pode até superar o recorde de seu antecessor: Robert Scheidt, dono de quatro medalhas olímpicas, sendo duas de ouro.

Robert nasceu em São Paulo, em 15 de abril de 1973 e já aos nove anos, incentivado pelo pai, começou a velejar nas águas da represa de Guarapiranga, no Yatch Club de Santo Amaro.  Na época, o menino loirinho, já alto e atlético para a sua idade, gostava de praticar tênis, mas foi mesmo na vela onde encontrou o caminho que o levaria à glória olímpica.

Aos 12 anos, Sheidt já era tri-campeão sul-americano da classe Optimist de vela, formada por crianças de 7 a 15 anos. Após excelentes resultados, o jovem mudou de categoria e foi colecionando títulos nacionais e, em 1990, decidiu que seria realmente um atleta de elite e viajou à Dinamarca e à Suécia, onde intensificaria seus treinos.

Em 1995, Robert Sheidt já era campeão mundial junior na categoria Laser, mas foi nos Jogos Pan-Americanos em Mar del Plata, na Argentina, que o brasileiro realmente se apresentou à imprensa e ao grande público brasileiro, com a medalha de ouro conquistada, seguido do primeiro título mundial adulto, conquistado em Tenerife, na Espanha.

A consagração, porém, viria no ano seguinte: com apenas 23 anos, Robert Sheidt supreendeu o mundo ao vencer a categoria Laser e conquistar sua primeira medalha de ouro olímpica. No mesmo ano, se formou em Administração na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A essa altura, Sheidt já era o grande nome do iatismo no planeta, e ele se manteve no topo nas três olimpíadas seguintes. Em Sidney 2000, conseguiu a prata. Em 2004, voltou a dominar as águas atenienses e abocanhou mais um ouro que já o colocava no seleto hall dos bi-campeões olímpicos.

Quatro anos depois, em Pequim, Sheidt teve a honra de ser escolhido o porta-bandeira da delegação brasileira no desfile de abertura no Estádio Ninho de Pássaro.

Na hora de competir, o brasileiro teve problemas no início das regatas, mas conseguiu se recuperar e terminou com mais uma prata que o colocou definitivamente na história do esporte olímpico do Brasil: Scheidt é o único atleta do País a conquistarquatro medalhas em quatro Olimpíadas consecitivas. 

Além das medalhas olímpicas, Robert Sheidt conquistou nove campeonatos mundiais, além de outros dois ouros e duas pratas nos Jogos Pan Americanos. Tal currículo o coloca atrás apenas de Torben Grael - que possui cinco no total -, mas em 2012 os dois disputarão uma vaga na classe Laser, e caso seja o representante brasileiro nos Jogos de Londres, Sheidt poderá se tornar o maior atleta olímpico brasileiro e único tri-campeão do País.

domingo, 5 de junho de 2011

Maurren e o ouro da superação

Maurren Higa Maggi se apresentou pela primeira vez ao público brasileiro cantando o hino nacional no lugar mais alto do pódio com as unhas pintadas com as cores de nossa bandeira e um ursinho de pelúcia no colo. A cena aconteceu nos Jogos Pan Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999, após a vitória da atleta no salto em distância. A inocência e a alegria da menina de 23 anos comoveram a todo o País, que mal fazia ideia de onde essa brasileira poderia chegar e quantos desafios ela teria de enfrentar em sua carreira.
Em 2003, Maurren já era uma das atletas mais famosas do País e conquistara o terceiro lugar no campeonato mundial daquele ano, disputado em Birminghan, na Inglaterra. Porém, poucos dias antes do início do Pan Americano de Santo Domingo, onde pretendia defender seu título, a brasileira sofreu o golpe mais duro de sua carreira: seu exame antidoping deu positivo para substância Clostebol, primeira droga na lista de proibições da Associação Internacional de Federações de Atletismo.
Maurren se explicou dizendo que não sabia que o creme cicatrizante Novaderm - que teria sido aplicado após uma sessão de depilação definitiva - continha tal substância, mas sua defesa não foi aceita e ela recebeu dois anos de punição. A atleta se mostrou muito abatida após seu afastamento e parou de praticar o esporte. Durante todo o período de punição, cuidou do nascimento de sua filha Sofia, em Mônaco, onde residia com seu então marido, Antônio Pizzonia, piloto de Fórmula 1.
Foi Sofia, inclusive quem lhe deu forças para voltar ao atletismo quando se encerrou o período de punição. Em 2006, a Maurren já estava de volta às pistas e com muita força de vontade conseguiu classificação para o Pan do Rio, que seria disputado no ano seguinte. Na cidade maravilhosa, a atleta voltou a sorrir e a chegar ao lugar mais alto do pódio.
Porém, foi em 2008 que Maurren escreveu definitivamente seu nome na história: a brasileira fez a melhor marca na prova do salto em distância - 7,04 m, um centímetro a mais que sua principal rival, a russa Tatiana Lebedeva – e conquistou a primeira medalha de ouro do atletismo feminino do Brasil. No pódio, a medalhista brasileira não conteve as lágrimas e dedicou a vitória a sua filha. “É pela Sofia que eu estou aqui. Tenho certeza de que Deus fez um caminho diferente, mas para dar tudo certo.”
Maurren Higa Magi,nascida em São Carlos (SP), em 1976, é um dos grandes exemplos de superação de nosso País. Ela soube saltar toda a desconfiança após ser acusada de doping e com muita esforço e perseverança se tornou a maior atleta olímpica do Brasil. Confira abaixo uma homenagem preparada pelo programa Esporte Espetacular da Rede Globo, após a conquista da medalha de ouro, ao sim de O Portão, do rei Roberto Carlos:

Um salto para a eternidade

O Blog Heróis Olímpicos do Brasil não poderia deixar de contar a história de um dos primeiros grandes nomes do esporte nacional, que chegou ao lugar mais alto do pódio em Jogos Olímpicos em duas ocasiões, numa época em que o Brasil ocupava papel de mero coadjuvante no atletismo mundial: Adhemar Ferreira da Silva.
O brasileiro, nascido em 29 de setembro de 1927, em São Paulo, conquistou sua primeira medalha de ouro internacional no santo em distância, em 1951, nos jogos Pan-Americanos de Buenos Aires. Mas o nome de Adhemar entrou mesmo para a história do esporte brasileiro depois de conquistar a medalha de ouro nos jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, na Finlândia. Além da medalha de ouro, ele bateu o recorde mundial ao saltar 16,22 m, marca que foi considerada o limite humano, na época.
A essa altura, Adhemar já era uma celebridade do esporte mundial, mas queria mais e conseguiu: voltou a ser campeão olímpico em 1956, em Melbourne, na Austrália. Antes da prova, uma dor de dente quase o tirou das pistas. O brasileiro conseguiu se recuperar e saltou 16,36 metros. Adhemar Ferreira da Silva foi o primeiro e único atleta brasileiro a conquistar dois títulos consecutivos em Olimpíadas.
Adhemar se despediu das pistas em 1960, após saltar 15,07 m nos jogos olímpicos de Roma, onde quase não participou por devido a problemas pulmonares. Ídolo das torcidas do São Paulo e Vasco da Gama, Adhemar morreu no dia 12 de janeiro de 2001, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Até hoje o São Paulo Futebol Clube carrega duas estrelas no peito, que representam suas conquistas olímpicas.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Pátria de Joelheiras (II)

No último post, contamos a história das grandes seleções masculinas de vôlei, especificamente da Geração de Prata, que conquistou o Brasil com a segunda colocação nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, e deu início ao desenvolvimento do esporte no País. Porém, essa equipe não influenciou apenas os homens e os resultados podem ser vistos também nas últimas campanhas do vôlei feminino em Jogos Olímpicos e outras competições.

O Brasil é o atual campeão olímpico e número 1 do ranking da Federação Internacional de Voley Ball (FIVB) e tem uma das melhores Ligas do planeta. Porém, esse sucesso teve início na década de 90 e se deve muito a dois treinadores, que posteriormente trocaram de cargo: Bernardinho e José Roberto Guimarães.

O atual comandante da equipe masculina, Bernardinho, assumiu o comando da promissora seleção feminina em 1994, que contava com o talento de jogadoras como Ana Moser, Fernanda Venturini, Márcia Fu além das jovens Virna, Fofão e Leila. O Brasil que até então variava entre a 10ª e a 5ª colocações nas competições internacionais, iniciou o ciclo de vitórias dessa geração já no Mundial do mesmo ano, disputado em terras brasileiras. Na ocasião, o Brasil ficou com o vice, mas já dava mostras de que iria brigar com as cubanas pelo reinado da  modalidade.

O que se viu nos anos seguintes foi justamente uma grande rivalidade contra Cuba e muitas vezes o Brasil levou a melhor como no Grand Prix de 1994. Nos jogos de Atlanta, em 1996 as cubanas deram o troco e venceram as semifinais por 3 sets a 2, em uma partida histórica, que terminou com briga entre as atletas. Comandados por Ana Moser, a equipe não se abateu na disputa do bronze e bateu a Rússia, por 3 sets a 2, conquistando a primeira medalha olímpica do País nessa modalidade. 

A vingança contra Cuba veio no mesmo ano, com a vitória no Grand Prix de Xanghai, em vitória canarinho também no tie-break e que novamente terminou em confusão. O time seguiu um caminho de sucessos até o último título sob o comando de Bernardinho, o Pan Americano de Winnipeg em 1999.

 Nos Jogos de Sidney em 2000, novamente a equipe – já renovada, com Elisângela, Érika e Waleska - perdeu para Cuba na semifinal, e ficou apenas com o bronze após vitória diante dos Estados Unidos. Com a saída do técnico Bernardinho, que assumira a equipe masculina, as meninas do Brasil sofreram um grande baque e, devido a desentendimentos com o novo treinador Marco Aurélio Motta, não obteve bons resultados nos anos seguintes.

O caminho das vitórias só foi redescoberto em 2003, com a chegada do técnico José Roberto Guimarães, comandante da medalha de ouro em Barcelona, com o masculino. O treinador promoveu uma grande renovação com a convocação de jovens como Sheila, Mari, Paula Pequeno, Sassá, Walesquinha, Fabi, Carol Gattaz, entre outras.

Antes de conquistar títulos, porém, a equipe teve de sofrer um duro golpe, nos Jogos de Atenas, em 2004. A equipe manteve a sina de ser eliminada nas semifinais ao perder para a Rússia, por 3 sets a 2, depois de desperdiçar muitas chances de fechar a partida. A equipe acusou o golpe e dessa vez nem o bronze obteve.

Porém, José Roberto Guimarães e suas meninas souberam absorver o resultado e, mais amadurecidas, comandaram à época de ouro do vôlei feminino do País. A equipe conquistou os Grand Prix de 2004, 2005, 2006, 2008 e 2009. Mas o grande feito dessa seleção aconteceu nos Jogos de Pequim, em 2008.

Com incríveis atuações de Sheila e Paula Pequeno, o Brasil bateu todas as adversárias de forma incontestável, e ao vencer a final contra os Estados Unidos por 3 sets a 1, se livrou da fama de “amarelão” e conquistou a inédita medalha dourada. O resultado coroou o trabalho de quase vinte anos e colocou o Brasil de vez no topo do vôlei mundial.

Confira imagens da conquista do ouro inédito, em Pequim, ao som de We are the Champions, do Queen: