terça-feira, 24 de maio de 2011

Entrevista com o campeão

No último post, o blog contou um pouco da trajetória do iatista Torben Grael, passando pelo início de sua carreira até suas principais conquistas. Agora, para completar, Heróis Olímpicos do Brasil traz para você uma entrevista exclusiva com o maior atleta olímpico de nossa história.

Paulistano, radicado no Rio de Janeiro, Torben conquistou duas medalhas de ouro (1996 e 2004), uma de prata (1984) e duas de bronze (1988 e 2000). Atualmente, aos 50 anos, Torben segue praticando o esporte e promete brigar com o também bi-campeão olímpico Robert Sheidt por uma vaga na classe Star para os Jogos do ano que vem, em Londres.

Em conversa realizada via e-mail, Torben falou sobre as maiores conquistas de sua carreira, do ambiente na vila olímpica e de seus próximos desafios no esporte. Quanto à escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, o iatista torce para que haja melhorias no desenvolvimento dos esportes no País, mas se mostra um pouco decepcionado com o que tem visto até agora. Confira a entrevista na íntegra:

Heróis Olímpicos BR: De todas as Olimpíadas que você disputou, alguma ficou marcada em especial? Por quais motivos?
Torben Grael: Toda Olimpíada é muito especial. Se você conquistar uma medalha, mais ainda. Mas Atenas onde conquistei o segundo ouro foi o mais espcial, porque me elevou ao nível de maior atleta olímpico do País e por ter sido num lugar também especial para o Olimpismo.

HoBR: Quais as maiores lembranças que você tem daquela competição e como foi a preparação para atingir esse feito?
TG: Só tenho lembranças maravilhosas de lá. Deu tudo certo. Tínhamos nos preparado especialmente bem e chegamos lá muito confiantes por isso. As condições nos eram favoráveis e acabamos vencendo por antecipação, o que é pouco comum em nosso esporte.

HoBR: Como é o ambiente dentro da vila olímpica? Você se lembra de alguma história engraçada ou curiosa que tenha ocorrido durante uma Olimpíada que possa contar?
TG: Temos inúmeras histórias, algumas melhor nem contar (risos). Uma coisa interessante é que, em 2004, da nossa casa que se chamava Centauros (os quartos era divididos por nomes e não números), vieram quatro medalhas de ouro: no Iatismo classes Star e Laser, Vôlei de praia e Vôlei de quadra. Curioso, não?

HoBR:  Você foi vitorioso em todas as categorias que disputou no iatismo, mas você tem preferência por alguma delas em especial?
TG: É verdade, e isso é uma coisa realmente que me dá muita satisfação, mas Olimpíada é sempre mais especial para qualquer esporte.

HoBR: Quais são seus próximos desafios no esporte? Você pretende aumentar ainda mais o seu recorde como atleta olímpico?
TG: Como todo esportista, sempre procuro meus limites. A tarefa, porém, é cada vez mais dificil...

HoBR: O que você achou da escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016? Você vê o Brasil em condições de realizar um evento desse porte e acredita que ele deixará um bom legado para o País?  
TG: Achei que a escolha do Rio como sede Olímpica em 2016 pudesse trazer uma transformação em politicas esportivas e na importância do esporte no nosso país. Mas estou cada vez mais cético quanto a estas mudanças.

HoBR: Além do iatismo, quais outros esportes você gosta de praticar ou assistir? 
TG: Adoro assistir esportes, especialmente o tênis, que também pratico, assim como o vôlei.

HoBR: Em quais modalidades ou atletas brasileiros você aposta para os próximos Jogos de 2012, em Londres?
TG: Torço para que meu esporte consiga manter a tradição de bons resultados.

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